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A Doble W foi fundada em 1960 pelo alemão Wenzel Rulf e seu filho Gunther Wolfran Rulf. A fábrica foi construída em Porto União – SC, Inicialmente fabricando bebidas típicas da Europa como o Enzi Bitter, Rum , Captown e Koen Aquavit. A fábrica só começou a produzir Steinhaeger em 1962, e a Vodka em 1977.
A empresa se consolidou como líder de mercado no ramo de Steinhaeger no Brasil, e adquiriu sucesso de crítica nacional e internacional. Em 2001 a Destilaria recebeu um Certificado Beverage Testing Institute em Chicago Ilinois – USA como sendo o STEINHAEGER um produto Altamente Recomendado conseguindo 89 pontos na escala de 0 a 100 pontos.
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Um sonho. Um projeto de vida.
Itália, final do século XIX, a unificação
do estado italiano e a industrialização do país causou uma crise na área
da agricultura, a qual incentivou a migração de muitos italianos para o
Brasil. Com pouca bagagem, mas carregando sua enorme paixão pelo vinho,
a família Bianco instalou-se em uma das colônias de Caxias do Sul/RS.
Guerino Bianco, avô de Saul Bianco –
fundador da Vinícola – acompanhou seus pais originários da cidade de
Vicenza, Veneto, na grande corrente migratória para o Brasil, onde
manteve viva as tradições italianas, sendo uma delas a produção de
vinho. Com sua habilidade de trabalhar com madeira, iniciou a produção
de pipas e barricas para armazenagem do vinho e que depois, tornou-se
uma das mais importante no mercado de recipientes para vinhos da Região
Colonial Italiana do Rio Grande do Sul.
A forte ligação da família com a
vitivinicultura, levou Saul Bianco a estudar agronomia, com o objetivo
de montar sua cantina. Entretanto, antes mesmo de formado, foi convidado
a trabalhar em uma grande multinacional onde atuou por 32 anos. Quando
aposentado, decidiu retomar o velho e grande sonho de produzir vinhos.
Morou um ano na Itália, juntamente com a esposa Alcinita, onde estudou
enologia no Centro Regional para a Viticultura e Enologia, em Conegliano
Veneto (Treviso).
Há muitos anos morando em Florianópolis e
com a recente descoberta das excepcionais condições para a produção de
uvas viníferas na Serra Catarinense, foi natural a escolha da região
para a implantação dos vinhedos e cantina.
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Guerino Bianco (28 anos) – Caxias do Sul/RS
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Guerino Bianco (70 anos) com os filhos Domenico, Giovani e Hygidio (sentado).
Raízes italianas
A escolha do nome – Leone di Venezia – (o símbolo de Veneza, capital
do Veneto), está ligada a origem e história da família Bianco e da
estada do fundador da vinícola, no Veneto.
Instalada em uma área de 15 hectares no município de São Joaquim/SC,
numa altitude média de 1280 metros, a Vinícola está integrada a paisagem
do Morro Agudo e Vale do Rio Antonina. Em 2008 iniciaram os trabalhos
de infraestrutura e o plantio das primeiras parreiras.
Os vinhedos somam cinco hectares, plantados com variedades italianas.
A condução é em espaldeira com proteção lateral de telas anti granizo,
mas que protegem também do ataque de insetos e pássaros. São utilizandas
as mais modernas práticas agrícolas com a preocupação permanente da
preservação do meio ambiente.
Assim, nasce em São Joaquim, mais uma inovadora vinícola.
A vinícola foi concebida para a produção de vinhos de alta qualidade,
pequenos volumes, buscando o estilo italiano, no resgate das origens da
família. Foi planejada para utilização inteligente das condições
climáticas da região e a elaboração de produtos diferenciados, que
maximizem as peculiaridades de cada variedade italiana, dentro das
excelentes condições deste particular terroir de altitude.
Integram a obra, um receptivo com áreas de degustação, um pequeno
restaurante que opera em alguns finais de semana em ocasiões especiais,
como em época da Vindima.
Arquitetura
A arquitetura da vinícola foi inspirada no palácio italiano Villa di
Maser (1564 – Treviso/Veneto), uma obra prima de Andrea Paládio,
arquiteto vicentino, que imprimiu com sua genialidade o estilo
construtivo que marca até hoje a arquitetura da Itália.
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Andrea Palladio.
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Concepção arquitetônica da vinícola.
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Arquitetura da vinícola pronta.
Homenagem
Ao meu avô, Guerino Bianco (1910
Vicenza/Veneto – 1959 Caxias do Sul/RS), vitivinicultor, criativo
artesão da madeira e hábil tanoeiro, que transmitiu a arte aos seus
filhos, Domenico, Giovani e Hygidio (meu pai), que produziram por mais
de 70 anos, as melhores pipas e barricas, para armazenar os seus vinhos e
aqueles produzidos por toda a colônia italiana do Rio Grande do Sul.
Saul Bianco
Em minhas ultimas viagens onde ministrei algumas palestras e degustações , os participantes me perguntaram sobre vinho vegano, por este motivo decidi escreve sobre esse tema, não muito complexo mais que merece esclarecimentos pois é um assunto novo no mundo do vinho.
Primeiramente vamos entender o que a VEGANO (ou vegan) é uma pessoa que pratica o veganismo em todas as suas ações, seja na alimentação ou não. Ele é vegetariano estrito em sua dieta e também não utiliza produtos de origem animal. O vegano “busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais”.
Mais onde o vinho se enquadra neste tema, o vinho é produzido pela fermentação de uvas, por que então, ele não é sempre vegano?
Algumas impurezas que acompanham o vinho recém fermentado depositam-se naturalmente no fundo do recipiente onde o vinho está descansando. Para facilitar a precipitação dessas impurezas (que pode ser pedaços de cascas ou de sementes de uvas, por exemplo) o vinho pode passar por um processo chamado clarificação, que consiste em retirar as impurezas do vinho e dar aquela aparência límpida apreciada durante a degustação.
A produção do vinho é, a princípio, um processo simples: leveduras, naturais ou cultivadas, convertem os açúcares do suco de uva em álcool. E isso parece totalmente compatível com a alimentação que segue os princípios veganos.
A razão pela qual nem todo o vinho é considerado vegano tem a ver com a forma como o vinho é clarificado.
A clarificação é um processo de purificação do vinho, no qual um agente filtrante é adicionado ao tanque ou barril. Consiste, basicamente, em acrescentar ao vinho uma proteína, que atrai e precipita as matérias sólidas. Essas matérias não são prejudiciais, mas, se não as retirarmos, o vinho ficaria turvo, e não translúcido e brilhante.
Essas substâncias utilizadas no processo de clarificação podem ser de origem mineral, ou animal. Alguns dos agentes filtrantes mais comuns são caseína (uma proteína do leite), gelatina (proteína animal) e albumina (vinda da clara do ovo).
Essas substâncias não permanecem no vinho, apenas funcionam como um ímã para as matérias sólidas que serão retiradas. Mas o uso delas é o suficiente para eliminar a bebida da lista de consumo dos adeptos ao veganismo.
A principal alternativa é a utilização de clarificante de origem mineral, como a bentonita e o carvão ativado. Nesse caso, o vinho produzido pode ser considerado vegan-friendly, ou seja, adequado, também, aos veganos.
Além disso, alguns vinhos utilizam somente processos de autoclarificação natural, ajudada por trasfegas que vão remover os sedimentos. Esses vinhos “artesanais”, nos quais evitam-se processos artificiais de clarificação e filtragem, também estão de acordo com os princípios do veganismo, e são chamados vinhos naturais.
Não há, ainda, legislação que regule a rotulagem dos vinhos, em relação a essa questão do vinho vegano. Mas não custa ficar atento, pois alguns produtores, voluntariamente, estampam essa observação nas suas garrafas.
O VINHO ENTRE NÓS DA VINICOLA QUINTA SANTA MARIA PODE SER CONSIDERADO UM VINHO VEGANO POIS ELE SEGUE FIELMENTE O PROCESSO NATURAL, SEM ADIÇÃO DOS CLARIFICANTES DE ORIGEM ANIMAL